Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. (Jeremias 29.11)



Jeremias 29:11 contém uma promessa preciosa que os cristãos de todo o mundo valorizam. É também provavelmente um dos versículos mais mal aplicados em toda a Escritura. Neste versículo, Jeremias afirma que Deus está no controle e, além disso, tem coisas boas reservadas: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.”

Certamente são palavras de conforto. Mas o que Jeremias quer dizer? Alguns tomaram este versículo e o aplicaram a si mesmos e aos outros de uma maneira que não corresponde. “Deus ama você e tem um plano maravilhoso para sua vida”, dizem. “Ele traçou o curso de sua vida, e você só precisa ser obediente a Ele para alcançar Sua bênção.”

Alguns vão mais longe e dizem que este versículo promete prosperidade terrena. A saúde e a riqueza são a porção dos cristãos. Não devemos nos contentar com algo inferior, pois somos filhos do Rei. Nessa visão, sofrimento e privação sinalizam falta de fé.

Eles dizem que os três fatores mais importantes quando se trata de comprar imóveis são “localização, localização e localização”. Da mesma forma, os três fatores mais importantes quando se trata de entender uma determinada passagem na Bíblia são “contexto, contexto e contexto”. Quando os textos são isolados, podem significar quase tudo. Mas quando são lidos no contexto, seu significado pretendido se torna claro.

O contexto de Jeremias 29:11 indica que não se trata de uma promessa ampla de bênção terrena. Jeremias, o profeta, ministrou antes e durante o exílio babilônico, quando o reino do sul de Judá, sofreu a maldição da aliança de expulsão da terra prometida por sua contínua infidelidade ao Senhor (Dt 28:36; 2 Cr 36:15-21). Jeremias havia advertido os moradores de Judá de que o castigo estava chegando e implorou que se arrependessem de sua idolatria e maldade. Quando isso não aconteceu, ele profetizou que Nabucodonosor, rei da Babilônia, conquistaria Judá e Jerusalém e levaria o povo para o exílio (Jr 25:1-11).

Mesmo em meio a essa profecia de punição, havia um vislumbre de esperança: o exílio seria longo, mas não permanente. Deus se propôs a castigar Seu povo, mas não os destruiria totalmente. De fato, Ele os traria de volta à sua terra depois de setenta anos (v. 11).

Além disso, o Senhor prometeu abençoar o povo durante o exílio. Essa bênção prometida é o tema do capítulo 29, que transmite o conteúdo de uma carta que o profeta enviou ao povo no exílio (29:1). Deus encoraja o povo a edificar casas, casar e dar seus filhos em casamento, plantar pomares e procurar “a paz da cidade” (vv. 5-7). Essas bênçãos são uma reversão ou suspensão das maldições da aliança em Deuteronômio 28:30-34.

O Senhor prometeu que depois de um tempo, Ele os traria de volta (Jr 29:10). Esse é o contexto para Jeremias 29:11. O Senhor não havia terminado Sua relação com Seu povo da aliança. Ele os chamou à fidelidade e obediência em seu sofrimento. Havia um elemento de obediência à promessa; os moradores de Judá deveriam esperar no Senhor, confiar nEle e segui-lo longe do templo e longe do sacerdócio e dos sacrifícios. Quando eles aprendessem a ter paciência e obediência, Ele os traria de volta. Ele assegurou-lhes que estava próximo e que era capaz de restaurá-los (vv. 12-14; veja 24:4-7).

Não podemos simplesmente aplicar este versículo diretamente a nós mesmos. Não foi originalmente escrito para nós; foi escrito para um determinado grupo de pessoas que viviam em um determinado lugar e em um determinado momento. Isso significa que este versículo não tem nenhuma aplicação para nós como cristãos? Não, não significa isso. Na verdade, a aplicação para nós é gloriosa, mas indireta.

Paulo diz de Jesus Cristo, “porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim” (2 Co 1:20). Jesus é o verdadeiro Israel, o herdeiro de todas as promessas feitas ao povo da antiga aliança, o remanescente justo (Sl 2:7; At 2:16-21; 15:16-17; Gl 3:16). Em última análise, a promessa de bênção durante e após o exílio em Jeremias 29:11 foi feita a Cristo, e foi cumprida em Sua jornada terrena e em Sua restauração à Sua morada celestial, isto é, Sua vida, morte, ressurreição e ascensão.

Os cristãos também herdam essa promessa, em virtude de estarmos unidos a Cristo pela fé. Ele sofreu a maldição da aliança e cumpriu a lei da obediência em nosso favor, e tudo o que é dEle se torna nosso de acordo com a graça de Deus (Ef 1:11-14). Assim, embora também soframos durante nossa jornada terrena, somos abençoados pela obra do Espírito Santo, ressuscitaremos com Cristo e desfrutaremos de bênçãos indescritíveis na presença de nosso Senhor. Em conclusão, isso é o que significa a promessa de Deus de “pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”. E é muito melhor do que qualquer promessa de prosperidade terrena.







E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. (Lucas 15:17-19)


Nasci em um berço evangélico, em uma casa que sempre teve como padrão de vida os mandamentos do Senhor, e isso sempre me foi ensinado desde criancinha a como deveria e devo me comportar.

Meus pais eram professores da EBD para crianças, e sempre desde pequeno aprendia histórias da bíblia (Antigo Testamento).

Cresci e aos 12 anos entrei na aula de violão. Amei, foi o melhor aprendizado que pude ter e desde então, me dediquei a aprender as músicas da igreja, afinal, eu queria poder ajudar e tocar na igreja ajudando!

Quando aos 14 pra 15 anos comecei a tocar no ministério das senhores todas as terça-feira a tarde. E passado o tempo fui para o grupo de louvor da mocidade e posteriormente, cheguei ao lugar que sempre quis estar, O GRUPO DE LOUVOR PRINCIPAL!!

Adorava tocar no louvor principal, procurava sempre fazer o meu melhor para Deus, pois Ele tinha me dado esse talento de tocar, então sempre quis retribuir à Ele com a minha adoração através do meu tocar.

Porém, chegou um tempo em que a soberba apareceu e cresceu junto a altives e o orgulho de falar que era do “louvor”. Chegou um tempo em que o grupo começou a se corromper e foi cada vez mais piorando e piorando, até que chegou o dia em que o Pastor, por mandamento de Deus, acabou com o grupo de louvor!

Muitos membros da igreja “adoraram a atitude do Pr” e muitos falavam até que fez bem, pois alguns ali eram uma “corja falsa e etc”... Deixei que isso entrasse em minha mente, e fui me revoltando contra a igreja e aos poucos fui abandonando o ministério e sai da igreja!

Pronto, estava feito o que diabo mais queria, afastar as pessoas da igreja e da comunhão... Durante 2 anos que fiquei fora, frequentei lugares onde nenhum cristão deve frequentar, e fui me afundando cada vez mais, minha vida parou e eu não consegui progredir.

Todos os anos, no dia 31/12 é feito o “culto da virada”, e nesse culto encontro o Pr que diz, “você precisa voltar” e nesse momento respondo, “Pr, para que eu volte, Deus precisa primeiro curar o meu coração”.

E nesse ano, passei a sentir vontade de voltar a estar na presença de Deus e voltar a frequentar a igreja na qual eu sempre fui membro. Passado um tempo, voltei a frequentar a igreja que sou membro.

Mas um certo sábado, quando chego em casa as 02:15 da manhã, arrependido e triste por não poder mais louvar a Deus com o talento que Ele me deu, oro a Deus. “Deus, eu quero meu ministério de volta, mas não sei se o Senhor me aceita de volta”, deitei e fui dormir.

No dia seguinte, que era domingo, não fui na igreja pela manhã, passou o dia minha me fala, vai hoje a noite, tem um pregador diferente, ele vai contar o testemunho dele e tal, logo pensei... pregador diferente... vejo que Deus não me quer de volta... E ao mesmo tempo que pensei nisso, senti forte em meu coração que deveria ir, falei, bom... para minha mãe não ficar chateada, vou... Tomei banho e fui...

Culto rolando, louvor, chega o momento da palavra, começa então o pregador a conta a sua história de conversão, que por sinal foi muito interessante e engraçada ao mesmo tempo...

Ao final do seu testemunho, ele faz o apelo... “alguém aqui, que não é convertido quer aceitar Jesus como seu Senhor e Salvador?”, e nesse instante levantam várias pessoas e eu logo penso... bom, não é pra mim...

5 minutos depois, ele diz, Deus está me falando, que tem 1 pessoa aqui que Ele manda dizer, EU QUERO VOCÊ DE VOLTA... nessa hora meu coração ferveu, bateu forte e levantei chorando e fui ao encontro do Pai, assim como o filho pródigo corre em direção ao seu pai, e ao chegar lá na frente Deus fala... “Eu quero você de volta para o lugar de onde você jamais deveria ter saído” e hoje para glória de Deus, pela sua graça e misericórdia continuo a tocar para o seu louvor, porém com o coração humilhado ao seus pés e sempre dizendo e reconhecendo, eu não sou nada!!

Essa é a minha história e com isso quero te dizer, que mesmo que você esteja longe, mesmo que você tenha vivido por lugares que não devem ser frequentados por cristãos, se você no tempo de HOJE, se arrepender de todo o coração, confessar os seus pecados, mudar os seus caminhos, Deus é fiel e justo para nos perdoar e sarar as nossas feridas! O tempo é Hoje! Arrependa-se, pois Deus te aceita de volta!

 



"E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?"




O primeiro passo para superar problemas, sejam eles de ordem física, emocional ou espiritual, é admitir que precisamos e desejamos uma mudança. Jesus fez uma pergunta muito importante ao homem deitado ao lado do tanque de Betesda, que estava enfermo havia 38 anos: “Queres ficar são?” (Jo 5.1-15).

Em outras palavras, Jesus estava perguntando: Você se importa o bastante com o seu problema para fazer algo a respeito dele, mesmo que exija da sua parte algum tipo de ação, esforço, sacrifício ou até mesmo sofrimento?

Como é o costume de muitos necessitados, esse homem respondeu ao Senhor com autocomiseração. Quando Jesus vê que precisamos de ajuda e envia alguém disposto a nos ajudar, será que agimos como mártires?

Se suas palavras são: “Não há esperança para mim; ninguém me ama”, a pessoa que se prende a essa atitude tem poucas chances de experimentar a cura.

Porque Jesus é gracioso e conhece os nossos desejos mais secretos, Ele muitas vezes passa por cima do choro e autocomiseração e nos testa. “Levante-se”, ele diz, "Pegue seu problema e siga em frente. Não espere que os outros sintam pena de você. Levante-se”.

Se você precisa de um toque do Senhor, pergunte a si mesmo se está tão ansioso para ser transformado que está disposto a fazer alguma coisa para mudar sua situação.

Quando Deus vê que somos obedientes à vontade Dele e estamos dispostos a fazer o que for necessário para sermos curados, ele nos envia o socorro de Jesus por meio de uma pessoa, um versículo de Sua Palavra ou um novo pensamento na nossa mente.

Devemos seguir a orientação de Deus, pois Ele nos criou e sabe exatamente o que precisa ser feito para nos curar.

Finalmente, quando sentimos o poder de Deus fazendo mudanças positivas na nossa vida, não devemos deixar que os incrédulos nos convençam de que tudo é mera coincidência.

Devemos permanecer firmes e nos afastar para longe, como fez o homem carregando sua cama, respondendo simplesmente: "Jesus me curou". (Jo 5.15)

Para nossa meditação: 

"Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro". 
(Salmos 121.1) 



Que o Senhor os abençoe... A paz do Senhor.



Gisele Fernandes




Temos um anseio natural de saber o porquê de algo. É a pergunta que uma criança faz primeiro aos pais. É a pergunta que uma criança curiosa faz a cada momento. É a pergunta que impulsionou um mundo de exploração, invenção e inovação. Por quê?

Não é surpresa, então, que quando encontramos dificuldades, quando experimentamos tragédias e quando nos encontramos em situações que nos entristecem, perguntemos por quê. Quando a dor nos atinge e não pode ser amenizada, quando a doença toma conta de nossos corpos e não pode ser curada, quando a tristeza se instala profundamente em nós e não pode ser consolada, queremos saber as razões. Não é difícil enxergar o que aconteceu — a evidência está estampada em nossos corpos, impressa em nossas almas e gravada em nossas mentes. Mas é muito difícil enxergar por que isso aconteceu. Por que Deus permitiria essa dor incessante? Por que Deus permitiria essa doença angustiante? Por que Deus levaria a pessoa que eu amo? Se Deus se importa e Deus ama, e se Deus ordena e controla, por que isso seria sua vontade? Como isso poderia fazer sentido?

No entanto, as respostas raramente são evidentes. Podemos conhecer as respostas gerais — “todas as coisas cooperam para o bem” e “por amor ao meu nome” — e encontrar algum conforto nelas. Mas, ao examinar as Escrituras e nos dedicarmos à oração em busca de detalhes — ou até mesmo recorrer a profecias, coincidências ou sentimentos internos —, somos confrontados com o silêncio ou a incerteza.

Ofereço quatro respostas para aqueles que desejam saber o porquê de sua tristeza ou sofrimento, seu tempo de enfermidade ou luto.

A primeira é confiar em Deus. Fomos graciosamente salvos pela fé — fé no trabalho salvífico de Jesus Cristo. No entanto, a fé não é uma realidade única, “expresse-a e esqueça-a”. Precisamos de fé a vida toda. Essa fé pede para que não apenas confiemos nossas almas a Deus, mas também nossas vidas, nossos tempos, nossa saúde, nossos entes queridos e tudo mais. Podemos orar, dizendo: “Deus, confiei no Senhor para a salvação, e agora confio no Senhor com o meu sofrimento.” Se podemos colocar confiantemente nossas almas nas mãos de Deus, também podemos fazer o mesmo em relação à nossa saúde, segurança, nossos filhos e tudo o que é precioso para nós. E mesmo que ele escolha não responder às nossas perguntas, podemos saber que ele é eminentemente confiável e que deve ter razões muito boas e um plano muito bom.

A segunda é considerar que resposta realmente o satisfaria. Podemos acreditar que desejamos saber o motivo, mas vale a pena perguntar se realmente queremos isso. Que resposta nos satisfaria? Temos uma mente capaz de compreendê-la? A resposta pode se estender profundamente no passado e se estender muito no futuro. Deus pode estar realizando coisas que exigem conhecimento muito além de nossa habilidade e capacidade de nossas mentes limitadas, pequenas e manchadas pelo pecado. E mesmo que pudéssemos entender, temos certeza de que acharíamos que vale a pena? Ouviríamos a explicação de Deus e a receberíamos com alegria? Precisamos considerar se realmente desejamos receber uma resposta e se qualquer resposta nos satisfaria.

A terceira é desviar a mente do que Deus não revelou e direcioná-la para o que ele revelou. Em vez de procurar as razões de para as nossas tragédias, devemos olhar para o caráter de Deus — todas as coisas que ele revelou sobre si mesmo. Em vez de ceder à tentação de interpretar Deus com base naquilo que sabemos sobre nossas tragédias, é infinitamente mais importante interpretar nossas tragédias à luz do que sabemos sobre Deus. Assim, enquanto suportamos o período de sofrimento, devemos trazer à mente a gloriosa realidade de quem Deus é e o que Deus fez. Em seguida, precisamos considerar nossas circunstâncias à luz dessas verdades.

A quarta é mudar o foco de “o que Deus fez” para “como Deus está usando isso” — e ter cuidado para não confundir os dois. Não precisamos conhecer as razões de Deus para louvá-lo pelos resultados. No entanto, precisamos ter cuidado para não presumir que os resultados são as razões de Deus. A razão pela qual Jim Elliot morreu foi para que Elisabeth pudesse ter o ministério que teve? Talvez. Não podemos saber porque Deus não nos revela. De que forma Deus usou a morte de Jim Elliot para cumprir o seu propósito? Levantando Elisabeth e permitindo que ela tivesse um ministério longo e poderoso. Essas são duas maneiras muito diferentes de ver a questão, e estamos em terreno muito mais firme quando nos concentramos no segundo aspecto. Ao abandonarmos o questionamento sobre o porquê Deus fez tal coisa, ficamos livres para perguntar: “Como Deus deseja que usemos isso de maneira que o glorifique e mostre seu amor ao nosso próximo?” Podemos começar a fazer perguntas como estas: Como Deus provou seu caráter nisso? De que maneiras ele foi fiel às suas promessas? Como crescemos em fé e amor através disso? De que maneira vimos outras pessoas se tornarem mais semelhantes a Cristo? Como essa dificuldade afrouxou nosso amor pelas coisas desta terra e elevou nossos olhos para o céu? Podemos nos alegrar em como Deus está usando nossa tristeza e sofrimento, mesmo que não conheçamos as razões.

Os tempos de sofrimento são uma realidade trágica enquanto habitamos esta terra. E, enquanto os enfrentamos, rogo para que não minimizemos nossas tragédias, apressando-nos em pressupor que conhecemos os propósitos de Deus nelas. Em vez disto, confiemos cada uma delas àquele que se mostrou digno de nossa confiança e de nossa devoção mais profunda. Confiemos nele, olhemos para ele com fé, regozijemos em cada evidência de como ele está usando isso para o bem e aguardemos o dia em que tudo se tornará claro.


Fonte: Cruciforme




Dependendo das circunstâncias , palavras como " cuidados, preocupações e /ou temor, podem revelar tanto atitudes certas ou erradas na vida de um cristão.

O que eu quero dizer com isso ? Do ponto de vista bíblico , o sentimento de temor está correto quando este significa reverência para com o Senhor.

Hebreus 12. 28-29 descreve muito bem : "Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor".

O temor de Deus é a base para andarmos em Seus Caminhos e para servirmos e amarmos a Ele. O cuidado também é positivo quando demonstra interesse pelos outros (1Co 12.25 ; 2Co 11.28).

Mas quanto a preocupar-se é uma atitude que está sempre errada, porque a preocupação paralisa a fé atuante na vida de qualquer pessoa.

Quando nos preocupamos , assumimos responsabilidades que nunca nos foram delegadas.

Jesus ensinou repetidas vezes "não vos inquieteis" , Ele diz que não devemos ficar ansiosos com as necessidades físicas, que importa muito mais que busquemos o reino de Deus e que essa seja a nossa prioridade, Jesus nos garante que nosso Pai celestial vai cuidar das nossas necessidades ,pois Ele bem sabe quais são todas elas ( Mt 6.25-34), portanto, não devemos nos preocupar com nada, mesmo as coisas "básicas" da vida.

A preocupação é uma emoção sufocante, que nos consome a energia e faz com que nos apressemos em tentar resolver com a força do nosso próprio braço, lógico de modo precipitado, tirando a Soberania do Senhor sobre nossas vidas, colocando a força e a engenhosidade humanas acima da força e dos propósitos de Deus.

A preocupação abre caminhos para o "mundanismo", isto é, deixamos de andar e enxergar as coisas espirituais e começamos querer sinais visíveis e imediatos, e com isso, deixamos de contemplar as bênçãos diárias que o nosso Deus nos proporciona.

Não posso deixar de lembrar dos filhos de Israel, que embora tivessem visto com seus próprios olhos Deus abrir o mar Vermelho para libertá-los do Egito, contemplaram a manifestação do poder de Deus diante deles, mas não acreditavam que o Senhor providenciaria água para eles nos deserto para satisfazer suas necessidades.

Por que tomaram essa atitude ao invés de crer e confiar em Deus?

Será que nem por um momento eles pensaram que um Deus que faz grandes coisas, não poderia cuidar das pequenas?

Para minha tristeza, constatei que não sou tão diferente desse povo. Eu também já contemplei e contemplo todos os dias os grandes milagres de Deus na minha vida, me lembro de onde Ele me tirou, palavra fiel é esta, me tirou de um lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos.

Sim, eu vi com meus próprios olhos o amor do Senhor sobre mim e a minha casa, e mesmo assim, como aquele povo, quantas vezes murmurei querendo voltar para trás, quantas vezes coloquei Deus na parede mostrando claramente que minha confiança era da boca pra fora, as inquietações dessa vida estava me afastando do Único que me amou e ama.

Diante de todas as maravilhas realizadas eu não deveria nunca, nem por um momento, duvidar que em todas as coisas Ele tem cuidado de mim ...

A preocupação é o oposto da fé, esse ato sugere que Deus não é digno de confiança para cuidar da nossa vida e suprir todas as nossas necessidades. Em Filipenses 4.6 diz : "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ações de graça ".

Em vez de ansiedade , devemos oferecer livremente ações de graças vinda de um coração firmando na fé em Deus (Sl 112.7 ), e não deixar que nossas preocupações fiquem remoendo nossas mentes.

Precisamos aprender a confiar verdadeiramente em Deus, e o caminho que vai da preocupação à fé começa reconhecendo que não temos fé, isso mesmo. Não é vergonha nenhuma assumir isso, lembre-se que em Lucas 17.5, os apóstolos pediram ao Senhor que lhes aumentasse a fé.

A fé é que nos faz crer sem ver, Hebreus 11 está a prova de que pela fé andamos e cremos, e por fim, nos dá a certeza absoluta de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá de separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor ( Rm 8.38-39).

Bom, a única maneira que encontrei para superar minhas preocupações, foi fazendo exatamente o que a Bíblia nos instrui em 1 Pedro 5.7: "Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós ".

Quando aprendi a fazer isso, conheci e senti a paz de Deus que excede todo o entendimento, o Senhor guardou o meu coração e a minha mente em Cristo ( Fp 4.7).

Claro que para o mundo, ou seja, pessoas que não tiveram ainda um encontro com o Salvador, essas preocupações e fardos desnecessários farão parte de suas vidas, mas para aqueles que tiveram esse encontro, Ele mesmo prometeu : "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu julgo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração. Porque o meu julgo é suave e o meu fardo é leve" ( Mt 11.28-30).

Glórias à Deus !!

Para nossa meditação : "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize ". (João 14.27)



Deus os abençoe.


Gisele Fernandes





Com quem temos andado? Quem são nossos amigos? Quem tem influenciado a sua vida?

A bíblia nos fala: “Não vos deixe enganar, as más companhias corrompem os bons costumes” e é um fato incontestável.

Existem pessoas que tem um “certo potencial para fazer o mal” ou uma “certa tendência maior que outros para fazer o mal” e sempre junto dessas pessoas andam pessoas que são boas e que não tem esse potencial ou essa tendência.


Conheço casos de pessoas que eram boas, mas por andar com algumas más companhias se tornaram ruins, foram corrompidas pelos maus costumes de seus companheiros de bagunça.


A bíblia relata algumas amizades que não corromperam os bons costumes, amizades sinceras, verdadeiras que levavam o próximo para mais perto de Deus, como por exemplo a amizade entre Davi e o filho do rei Saul, Jonathas, amizades como a de Paulo e Timóteo e são essas as amizades que precisamos ter!

Ah! Quão bom é termos amigos verdadeiros como as duas citadas.

Como disse o Rev. Dorisvan Cunha: “Depois de nossos pais, as pessoas que mais nos influenciam são os nossos amigos, especialmente se esses amigos são nossos professores, e além de amigo Paulo era um mestre para Timóteo, um educador. Paulo se lembrava constantemente dele em suas orações como ele mesmo diz aqui nesta passagem: Dou graças a Deus a quem desde os meus antepassados sirvo, com consciência pura, me lembro de ti em minhas orações, sem cessar, noite e dia”.


Esse tipo de amigos que devemos ter a nossa volta, amigos que se preocupam conosco, que oram por nós, que sempre estão de um jeito o outro nos ajudando, não por interesse de querer algo em troca, mas pela felicidade de nos ver bem.


Amigos que podemos confiar, abrir nossos corações e contar os segredos mais profundos de nossa alma, que podemos e temos a certeza que em momentos de aperto estão do nosso lado, amigos que oram junto conosco, amigos que nos enviam “cartas”, conselhos de como viver, mas hoje estão em extinção esses tipos de amigos.


Volto a perguntar, quem são os seus amigos, quem são aqueles que te influenciam? Cuidado com as suas amizades.


Vejam esse trecho da pregação do Reverendo citado: “Não abra inteiramente o seu coração à alguém simplesmente por ser uma pessoa inteligente, agradável, bondosa, otimista e generosa.
Nunca se satisfaça com uma amizade que não seja benéfica para sua alma. É impossível descrever o prejuízo causado pela associação com pessoas ímpias. Caia nessa cilada e o diabo pouco se importará com a armadura que dispõe para enfrenta-lo.


Escolha amigos que trarão benefícios para a sua alma, amigos que sejam realmente respeitáveis, dos quais você gostaria de ter ao lado no leito da morte, amigos que amam a bíblia e não temam falar sobre ela, dos quais na volta de Cristo e no dia do juízo você não se envergonhará por tê-los conhecido.


Siga o exemplo deixado por Davi ao dizer: companheiro sou de todos os que temem e dos que guardam os teus preceitos, lembre-se das palavras de Salomão, ande com o sábio e será mais sábio, mas os companheiros de insensatos se tornarão maus.


Esteja certo disso meus irmãos, ter más companhias na vida presente é o caminho seguro para se ter companhias piores no inferno de fogo.



Então ao escolher seus amigos, lembre-se, Timóteo era amigo do Apóstolo Paulo... e você é amigo de Quem?


Saulo Brunello.




"E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus." (Marcos 10:17,18)

Só Deus é bom. Isso significa que Deus não pode aceitar qualquer coisa que não venha dEle mesmo, porque ninguém além dEle pode produzir algo bom. Deus não pode aceitar fruto da minha potência, da minha força, da minha capacidade, do meu trabalho, do meu esforço, do meu sacrifício, do meu ego. São todos trapos de imundícia.

Deus é bom e só Ele sabe produzir o que é bom!

Deus é Justo, isso significa que eu não sou justa e não posso produzir justiça. Todas as minhas tentativas de justiça são, essencialmente, injustas. A questão é: o que um Deus Justo fará com uma pessoa injusta? Quanto mais eu produzir frutos de mim mesma, pior fica a minha situação para com Deus!

Isso é a religião.
Religião é condenação na certa. Religião é o homem afirmando e reafirmando a sua própria condenação.

Nessa passagem temos um homem que cumpria todos os mandamentos, crendo com isso poder comprar a salvação. Mas se esquecia do fato de Deus sondar suas intenções, motivações e a sua essência corrupta, que não pode produzir justiça.

Ele desconsiderava o primeiro e o último mandamento, que não podem ser sondados por qualquer tribunal humano, mas o tribunal de Deus os condena. A lei começa evidenciando que o homem é egocentrista, idólatra de si mesmo e, portanto, não ama a Deus. Isto é, a lei já começa mostrando que o homem não pode, por si mesmo, alcançar a Deus, amar a Deus - e isso é condenação. A lei condenou o homem, apenas mostrando que o homem era condenado pela santidade de Deus! O problema não está na lei, ela é justa e perfeita, revela um Deus Santo; o problema é que o homem não é capaz de corresponder as expectativas de um Deus perfeito, que exige perfeição, e, portanto, a lei se torna inapta para justificar o homem. Para encerrar, o último mandamento, "não cobiçarás", confirma que todos os outros não passam de resto, consequência da cobiça humana. Em outras palavras, os demais oito mandamentos poderiam ser cumpridos, mas então, no décimo, Deus afirma: "desista de si mesmo! Tudo o que você possa fazer não será suficiente!". Ele deixa em evidência o pecado na essência do homem, o qual não pode ser melhorado ou exterminado com boas obras. O último mandamento condena todo e qualquer homem! Deixa em evidência a carência de um Salvador que venha matar tal natureza - o ego. O pecado não está nas atitudes, mas no ego e este só Cristo pode crucificar. Tentar produzir boas obras é apenas mais uma manifestação do ego e é uma prática condenada por Deus!

O homem, por si, não é capaz de produzir boas obras, quer antes da salvação, quer depois. A salvação ocorre com a crucificação do ego, comprovada pelo arrependimento, e, tendo o ego sido morto, ele não mais vive - agora Cristo mesmo é quem vive nesta pessoa e produz boas obras. Estas sim são aceitas por Deus, porque são dEle, por Ele e para Ele!
Em outras palavras, enquanto a religião anuncia as boas obras para a salvação do homem, o evangelho afirma a salvação para a produção de boas obras pelo Espírito. Evangelho e religião são, portanto, opostos!

Ego vivo é sinônimo de condenação e morte, quer ele esteja visivelmente depravado, quer esteja reprimido, revestido de boas aparências, bem moldado, treinado e conformado. Isso porque o ego é, em si, a depravação humana.
Aquele homem podia estar revestido de boas aparências, entretanto, Jesus questiona a sua cobiça, ainda existente. Onde estava o amor, o deleite, daquele homem? E esta mesmo, a cobiça, manteve este homem distante de Deus, como sempre. Jesus questiona o homem com dois simples mandamentos, o primeiro e o último.

"Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!" (Marcos 10:19-22)

A riqueza maior para este homem era os seus bens, a sua vida, o seu ego, as suas conquistas. Entretanto: "Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á" (Lucas 17:33).


Não é preciso ir muito longe. Se agora mesmo eu parar alguém na rua e lhe fizer a simples pergunta: “você vai para o céu? ”, terei duas respostas distintas baseadas no mesmo fundamento: a capacidade humana de ser considerada boa. Terei, da nata da sociedade, as respostas:

1) - Sim, com certeza! Eu leio o que considero sagrado, rezo, faço jejuns, vou na igreja toda semana, fui batizado, sou caridoso, não mato, não roubo, não desejo o mal do próximo. Além disso eu parei de mentir e de fumar!

Esse é o tipo de resposta do homem que temos visto na passagem bíblica, ele me apresenta o seu extenso currículo. Ele se esforça para fazer com que Deus fique lhe devendo a salvação, porque tenta a comprar com seus méritos. É soberbo e se enche de vanglória.


2) - Não! Eu acho que eu não vou para o céu porque, por mais que eu me esforço, não me acho bom o suficiente. Eu acho que Deus deve estar furioso comigo porque eu sou falho.

Esta resposta pode nos aparentar oposta à primeira e pode nos parecer humilde e justa. Porém, está debaixo do mesmo jugo religioso. Ambas estão fundamentadas na potência humana, no mérito, na conquista, na dignidade. Em ambos casos as expectativas das pessoas estão em si mesmas, porém, no evangelho, toda expectativa do homem está EM CRISTO. Muito raramente encontraremos alguém nos dando a resposta: “Sim, eu tenho a Vida eterna vivendo em mim e vou para o céu simplesmente porque Jesus me justificou; eu nada sou, mas Ele é suficiente por mim e, agora, em mim!”. A salvação não está no currículo do homem, mas no currículo do Cristo, isto é, na justificação. Vemos que o Redentor nem sequer é citado pela humanidade, mesmo quando o assunto é propriamente a salvação. Toda vez que nos afirmamos, estamos negando o Cristo! Isto é, toda vez que nos justificamos ou tentamos nos justificar, estamos negando a Justiça de Deus que é Cristo. Toda vez que declaramos a nossa capacidade de sermos bons, ou que buscamos essa capacidade, estamos negando a suficiência de Deus. Isso não é razoável, quando negamos o Cristo a ira de Deus permanece sobre nós!


No Reino de Deus não existe espaço para “suficiência humana”, simplesmente porque Deus é suficiente. Não há outro justo, não há outro bom. No Reino de Deus não existe reinado do ego. No Reino de Deus só existe um: o próprio Deus. Só Deus é!

No Reino de Deus não existem grandes homens, existem apenas pessoas que se arrependeram de si e foram preenchidas pela suficiência e excelência de Deus e é exatamente na ausência dessas pessoas que Deus manifesta o Seu poder. Apenas o “EU” de Deus é existente. Não há como ser diferente, o operar da graça está em libertar o homem de si mesmo.


Os olhos da religião estão em busca dos bons, isto é, dos fortes, dos potentes, dos justos. Mas a Bíblia vai nos dizer que não há um justo sequer! Não há quem seja bom, não há quem possa conquistar algum vestígio de status positivo perante Deus. A voz da religião clama por ego o tempo todo: “vá, tenha, seja, conquiste! Você pode, você consegue, você É!”. Existiria alguém mais interessado em exaltar o meu ego do que o próprio diabo? Existiria alguém mais interessado em negar o Cristo do que o próprio anticristo? Sabendo ele que o meu ego é o meu próprio cativeiro e minha condenação, ele é o primeiro a soar em meus ouvidos quando alguém pisa no meu calo: “você vai deixar por isso mesmo? Como assim? Poxa, você tem valor, você é filha de Deus. Vá e se justifique. Você é o cara! Vamos, mostre que você é”. E não foi nisso Jesus tentado no deserto também?! Porém o evangelho me ensina que não sou eu que me justifico, mas é Cristo – Ele é por mim. E não há qualquer valor em mim, antes o meu valor está na cruz onde tenho um encontro real com Deus e sou livre desse ego que tanto tempo me deteve e sufocou. A religião grita ego aos quatro cantos da terra!


“Que venha os fortes, que apareça os bons!”. O mundo que diz ser para os fortes mas que só contém impotentes soberbos, juntamente com a religião, anunciam um caminho exatamente oposto ao que Jesus nos ensina. Aquele homem procurava em Jesus um exemplo de justiça e bondade (como é natural de qualquer religioso, eles vivem procurando no pico da sociedade os fortes, os melhores exemplos de ego exaltado), mas Cristo não é um exemplo de vida e sim a própria Vida. Jesus (filho do homem) manifesta ser totalmente dependente do Pai, e Cristo (filho de Deus) só revela que Deus é. Jesus Cristo nega o sistema em que vivemos e a crença anunciada por tal.


Me desculpe ser franca, mas ainda assim direi: Se há quem se considere bom, seu lugar não é em Cristo, mas na religião! Em Cristo não há lugar para outro, só para Ele mesmo e isso significa, sim, que para estar em Cristo o ego deve ser morto.

Evangelho não é para os "bons", não é para gente que se considera super-herói. Evangelho é salvação, e só reconhece que precisa de salvação aquele que primeiro não se considera suficiente para se salvar. Evangelho é para gente caída, miserável e carente de Deus que, pelo arrependimento, se reconhece como tal e crê na suficiente justiça de Deus satisfeita em Cristo Jesus.


"Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento" (Mt 9:12,13).




Amanda Martins Ortega






“Não somos como Moisés, que colocava um véu sobre a face para que os israelitas não contemplassem o resplendor que se desvanecia. Na verdade as mentes deles se fecharam, pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido. De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações. Mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade. E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.” (2 Coríntios 3.13 – 18)






Esse texto mostra de forma consistente a crítica de Paulo ao comportamento de Moisés.


Claro que Moisés foi um líder sem igual no Antigo Testamento, e sem dúvida é um grande referência no que diz respeito a história de Israel. Porém, assim como qualquer ser humano, Moisés falhou.


Ocorre que quando Moisés ia até a presença do Senhor para ouvir as instruções do Pai, seu rosto voltava resplandecendo, brilhando. E para não causar um temor nos demais da congregação, ele cobria o seu rosto com um véu de forma que as pessoas não pudessem ver o rosto dele brilhando.


Em dado momento Moisés passa a esconder o seu rosto debaixo do véu, não para evitar que as pessoas vissem o brilho de seu rosto, mas para que eles não vissem que o brilho de seu rosto estava saindo.


Vejam vocês, que até mesmo um líder tão expressivo como Moisés estava cometendo um erro tão primário: dissimulação, vivendo de aparências, deixando o ego de ser um grande líder nortear sua vida, ao ponto de pensar em viver por uma aparência do que por uma realidade com Deus.


Assim como muitos de nós que nos perdemos em nosso ego, e buscamos viver uma vida em torno de uma imagem que as pessoas construíram de nós. E o grande problema é que essa atitude nos leva a abismos tão grandes que poucos são os que conseguem voltar ao caminho.


Por vezes em nossa Caminhada Cristã, precisamos parar a rotina, e avaliar, sobre quais são as nossas razões e motivações de viver e servir. O maior dos males em se viver de aparência é que você se torna escravo dessa aparência, e isso te leva para longe de Deus e para a longe de si mesmo.


E hoje peço que você pense nisso. Se em algum momento você se perdeu sobre o propósito de sua vida, saiba que ainda é tempo de ter um recomeço em sua caminhada.


O que eu proponho:


Exercite a humildade: ore e busque diante de Deus a real compreensão de quem você é. Não pense e nem permita que outros pensem mais do que você é, pois isso é absurdamente nocivo. Não seja dependente da admiração dos outros e não coloque isso como seu objetivo de vida.


Não deixe que elogios, méritos, competências e até mesmo suas experiências com Deus te seduzam ao ponto de pensar que você é melhor do que alguém , ou alguém que merece um tratamento especial ou que tenha um nível espiritual mais elevado. Não vale a pena viver nessa perspectiva. Paulo disse isso, que não queria que ninguém pensasse dele algo a mais do que ele era. Leia 2 Coríntios 12.6.


Tire o véu do seu coração: denuncie diante de Deus todo o pecado, toda a deformidade da alma, toda a angústia e toda e qualquer coisa que lhe impeça de ver com lucidez quem você é diante do Pai, e principalmente, o caminho que está seguindo, em submissão ao Pai.


Não vista esse véu do engano, mas sim, seja transparente diante de Deus.


dEle, não podemos esconder nada, e é por Ele que devemos viver em verdade.


Minha oração: “Senhor, ajude-me a tirar esse véu do meu coração, para que eu seja transformado, a cada dia, segunda a Tua imagem e semelhança. Que meu ego, orgulho e altivez sejam deixados de lado. Ajude-me a vencê-los, para que eu possa caminhar eu Sua direção Senhor, todos os dias da minha vida. Em nome de Jesus. Amém!”


Abraço!



Marco Cicco
Tecnologia do Blogger.